Durante esse período, Beatriz não se permitiu afundar na tristeza, pois tinha trabalho a fazer.
Ela estava confeccionando o terno de casamento para Daniel. Devido a alguns atrasos nos últimos dias, temia não conseguir terminá-lo a tempo, por isso precisava trabalhar horas extras.
Os detalhes sutis nos punhos eram bordados à mão por ela, usando uma técnica exclusiva de bordado reverso.
Ela se trancou no escritório para bordar, não esperando ser interrompida pelo empregado.
— Senhora, o Sr. Silva chegou e insiste em vê-la.
— Não quero vê-lo.
— Mas... mas o Sr. Silva já entrou.
Beatriz franziu a testa: — Então chame a polícia!
— Beatriz, saia! Não se tranque aí, por favor, saia!
A voz ansiosa de Afonso soou do lado de fora da porta.
Após chamar a polícia, Beatriz não saiu imediatamente. Só quando Afonso ameaçou arrombar a porta, ela finalmente saiu.
— Beatriz, você finalmente decidiu me ver...
Mas antes que Afonso pudesse terminar, Beatriz deu-lhe um forte tapa.
— Afonso, você tinha prome