THIAGO
Ela dançava com os olhos brilhando.
Mirela parecia uma pintura viva, toda vestida de branco, a barriguinha começando a aparecer sob o tecido leve, o sorriso doce no rosto e as bochechas coradas de emoção. Era minha mulher. A minha esposa. E, caramba, como era bom dizer isso em voz alta — mesmo que fosse só dentro da minha cabeça.
Depois das fotos, da dança e de todos os abraços, nos despedimos dos convidados. Como planejado, o casamento seria íntimo, mas a lua de mel... essa parte era só nossa. Eu queria dar a ela o que o mundo não deu: paz, segurança e muito amor. Era o mínimo depois de tudo que ela viveu.
Entramos no carro e seguimos direto pro nosso apartamento. Mirela dormiu no banco ao lado, exausta. A cabeça caída pro lado e a mão apoiada na barriga. Tinha algo de mágico em vê-la assim: calma, serena, segura. Estacionei devagar e a acordei com um beijo suave na testa.
— Chegamos, pequena.
— Já? — ela piscou devagar, ainda sonolenta.
— Já. E agora começa nossa aventura de