Léo ergueu os olhos do contrato aberto sobre a bancada assim que sentiu a presença dela na porta. O tempo pareceu desacelerar. Clara estava ali, ainda ofegante da corrida, top colado no corpo suado, o coque bagunçado revelando a nuca — e aquele olhar que sempre o deixava entre o controle e o caos.
Por um segundo, ele esqueceu do contrato multimilionário à sua frente. E isso era raro.
— Sabia que essa sua entrada podia ser considerada uma arma contra a produtividade? — ele murmurou, encarando-a de cima a baixo, a voz baixa, rouca de desejo e cansaço.
— Você que deveria ser preso. Pela sua definição de “acordado e funcional antes das sete”, e também… por essa camisa aberta, essa barba por fazer, essa cara de CEO fodido e ainda assim sexy.
Ela cruzou os braços, fingindo resistência. Mas Léo já conhecia aquele tipo de sarcasmo — o da arquiteta que queria muito ser despida com pressa.
— Vem cá — ele disse, sem levantar a voz, apenas estendendo a mão.
Clara andou até ele, sem hesitar. E ass