A semana passa totalmente arrastada. Quando chega o domingo, me esgueiro sorrateiramente do pátio em direção à biblioteca. Dante deve ter deixado algum bilhete para mim. Abro as portas da mesma e vejo que há poucas freiras no ambiente. Ótimo! Finjo estar procurando algo, quando, de repente, tomo um susto:
— Bú!
— Ah, meu Deus! Madeleine! O que está fazendo aqui? — ela me pegou totalmente desprevenida.
— Por quê? Está escondendo alguma coisa nesses livros? — pergunta, me encarando.
— Claro que não! Sabe que eu gosto de ler, só perguntei porque você surgiu do nada e me assustou.
— Tem certeza? Notei que tem passado muito tempo aqui na biblioteca... sozinha. Está procurando por algo?
Enxerida! Por que questiona tanto as coisas que faço? Suspeito...
— Sim, estou procurando um livro, e que, por acaso, já achei — respondo, me virando para ir embora.
Eu achava que ser amiga de Madeleine pudesse me ajudar em algo, mas vejo agora que era furada.
— Vamos almoçar, Allegra? Hoje tem pasta! — diz