Ocasionalmente, Patrick lançava um olhar para Liam, um olhar que parecia conter volumes de informações não ditas, uma compreensão silenciosa do turbilhão que estava acontecendo.
Eleanor, do outro lado da mesa, era uma massa de ansiedade e culpa. Suas mãos tremiam levemente enquanto ela tentava cortar sua comida, os pedaços se desfazendo no prato. A cada silêncio prolongado, ela sentia a acusação pairar no ar, o peso de suas ações passadas esmagando-a. Ela mal conseguia comer, a garganta fechada por um nó de angústia. O olhar gélido de Liam, mesmo quando não estava diretamente sobre ela, parecia queimá-la.
A noite seguiu assim, um balé doloroso de tentativas frustradas e silêncios carregados. Até que Arthur, em um esforço final para desviar a conversa de qualquer assunto espinhoso, mas sem perceber o perigo que se aproximava, mencionou Leon.
_ Ah, e o Leon, Arthur começou, com um sorriso forçado,
_ Ele está muito bem, Liam. Um pouco... indisposto hoje, mas nada grave. Coisas de jo