Em uma noite tempestuosa, a limusine serpenteava pela longa alameda ladeada por carvalhos antigos, seus galhos retorcidos agitados pelo vento furioso. A Mansão Hawksmoor, imponente e austera, surgiu das sombras, suas janelas escuras como olhos vazios. Dentro do veículo, Eleanor batia os dedos no estofamento de couro, o coração aos saltos. A discussão com Leon havia sido a gota d'água em uma série de desentendimentos. A voz do filho mais novo ecoava em sua mente, suas acusações cortando-a como facas.
Ao entrar no grande hall da mansão, o aroma de madeira antiga e velas apagadas a envolveu. Seus saltos ecoavam no mármore polido enquanto ela caminhava apressadamente em direção à sala de estar, a raiva borbulhando em seu peito, em um crescendo incontrolável. Ela queria gritar, chorar, quebrar algo. Impulsionada por esse turbilhão de emoções, Eleanor abriu as portas duplas de carvalho com um ímpeto que a fez cambalear.
Mas a palavra que morria em sua garganta congelou antes de ser proferid