Meu pai se assustou.
— Está bem. Vou levá-la numa clínica de confiança! Agora me deixe sozinho e vá preparar a sua filha!
Depois que a minha mãe saiu, meu pai fez um telefonema para um amigo, dono de uma clínica, e lhe contou o que aconteceu.
— Espancou a sua filha, Jaime!
— Uma discussão normal de pai e filha! Foi só um tapa no rosto, ela mereceu!
O homem suspirou do outro lado da linha.
— Está bem. Vou mandar suspender o atendinənento ao públicos agora de manhã, mas saiba que isso vai lhe custar caro!
Caro era uma palavra que o meu pai conhecia bem.
E foi assim, fomos a tal clínica. Entramos pelo acesso de funcionários, discretamente. Eu tinha todos os especialistas à minha disposição e fui muito bem atendida.
Fui levada direto à sala de ultrassonografia. Minha mãe e Lourença entraram junto comigo.
— Nossa, esse garoto está grandão!— o médico disse simpático.
— Ele está vivo, doutor?— eu quis saber, emocionada.
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