Romeu levantou-se da mesa, alterado também.
  — Ela quis, eu não a obriguei! Pare de me tratar como se eu tivesse sido injusto com ela! Eu fui enganado e humilhado outra vez!
       Arthur se calou. Ele sabia que o pai agora se referia a sua falecida mãe.
  — Até quando vou deixar que me façam de idiota? Chega de ser cego, Arthur!
  — Eu lhe perdoaria — Arthur disse isso e virou-se na direção da porta.
  — Arthur!— Romeu o chamou.
       Ele virou-se lentamente.
  — Volte para casa, filho.
       Arthur encheu o pulmão de ar.
  — Nem pensar. Estou muito bem no meu apartamento. Posso ver o mar todos os dias quando chego em casa.
      Romeu ficou desolado. A voz parecia cansada.
  — O que quer que eu faça para me perdoar? Nunca devia tê-lo mandado embora de casa. Eu fiz tudo errado!
       Arthur voltou-se e caminhou até a mesa do pai.
  — Perdoe a Juliette.
       Romeu ergueu os olhos surpresos.
  — Não pode me pedir isso!
  — Perdoe ela, pai! Não a deixe nas mãos do dou