O celular não parava de vibrar.
Convite para uma entrevista.
Convite para uma campanha publicitária.
Convite para ser a nova embaixadora de uma marca de beleza natural.
De cuidadora anônima à mulher que fez Caio Ventura renascer. E agora, aos olhos do país, Luna Almeida era um símbolo. De recomeço. De coragem. De amor.
Mas ela sabia — por trás de toda coroa, há sempre uma cruz pendurada na mesma parede.
A entrevista seria ao vivo, em horário nobre. Um programa feminino, voltado para histórias de superação. Um dos mais assistidos do país.
Luna hesitou.
— Não preciso me expor mais — disse a Caio. — Já temos problemas o suficiente.
Ele se aproximou, sentou ao lado dela no sofá e pegou sua mão.
— Mas você também tem uma voz agora. E milhões de mulheres precisam ouvir o que você tem a dizer.
Ela suspirou, longa e profundamente. Sabia que ele tinha razão. E talvez, por mais que doesse, falar fosse libertador.
No camarim, minutos antes da gravação, Luna encarava seu reflexo. Estava linda. Um