As palavras da minha avó ficaram martelando na minha cabeça enquanto eu voltava para dentro da mansão. Não era apenas o que ela havia dito, era como ela tinha falado. Com aquela convicção calma e absoluta que só alguém que já viveu demais consegue ter.
Quando saí da biblioteca, reencontrei Camila na sala de estar, de pé, as mãos unidas diante do corpo, o vestido azul revelando mais delicadeza do que ela sabia possuir… senti o chão se deslocar sob meus pés. Ela não fez nada além de olhar para mim, mas aquele olhar bastou.
— Camila… — murmurei, como se seu nome fosse algo precioso demais para ser dito rápido.
— Leonardo… — Ela murmurou.
Meu nome nos lábios dela tinha um efeito que eu ainda não sabia administrar.
— Nós precisamos conversar — consegui dizer, mesmo que minha voz soasse mais baixa, mais rouca, mais sincera do que eu pretendia.
Ela assentiu.
— Eu sei.
Fiz um gesto calmo com a cabeça, convidando-a a me seguir e ela veio.
Caminhamos para o jardim lateral, aquele onde ela sempr