Amélia
Niterói tinha sua beleza. Eu admirava a praia enquanto Diana corria animada ao meu redor. Já Gabriel estava de cara fechada, pois tudo que ele queria era ficar em casa, como Inácio ordenara.
Até tentei me convencer a ficar em casa, mas eu me conheço, e isso não ia dar certo. Eu precisava sair, não nasci para ficar presa. E, afinal, que mal tem sair de casa um pouquinho?
— Muda essa cara e sorri um pouco — falei a Gabriel.
Ele nem piscou, apenas me encarou seriamente.
— O senhor disse para você não sair de casa! — disse ele.
Reviro os olhos. Ele já estava ficando chato, falou o caminho todo a mesma coisa, parecia um disco arranhado.
— Ok, agora muda o disco. Você não está sentindo calor com essa roupa, não? — falei, observando-o. Ele estava de terno e sapatos.
Agora, se me perguntam por que ele está vestindo assim? Eu perguntei, e sabe o que me respondeu? Que ele estava a trabalho, então não podia relaxar e deveria estar sempre bem-vestido e com uma postura séria. Acho ridículo,