A poeira da batalha contra os Pária das Sombras havia assentado, mas a sombra da perda de Thalia pairava sobre mim, mais densa e sufocante do que qualquer escuridão que os inimigos pudessem conjurar. A vitória foi conquistada, sim, mas seu preço era a ausência da minha amiga, um buraco que parecia sangrar em meu peito. Nos dias que se seguiram, o castelo, antes meu lar, tornou-se uma prisão. Eu me excluí do mundo, dos conselhos, dos guerreiros que me olhavam com admiração e compaixão. Meu quarto era meu refúgio e minha cela, onde as lágrimas eram minha única companhia.
A depressão me consumia, uma névoa fria que se recusava a se dissipar. Eu chorava. Chorava por Thalia, por sua risada, por sua lealdade inabalável, por sua vida que se foi para proteger a minha. O peso de seu sacrifício me esmagava. Como eu poderia ser a Rainha Elemental, a esperança do meu povo, se eu mal conseguia me erguer da cama? Meus poderes, antes uma extensão de mim mesma, pareciam distantes, silenciosos, emudec