DOMINIC
O silêncio do meu escritório, geralmente um refúgio de paz e concentração, agora parecia gritar. A imagem de Ana cambaleando no salão, o choque em seus olhos castanhos, e a onda avassaladora do laço de companheiros que me atingiu no momento em que seu nome surgiu em minha mente – tudo isso girava em minha cabeça como um turbilhão. Dominic. Ana. Companheiros. A Deusa da Lua havia, de alguma forma, tecido um destino que desafiava toda a lógica, toda a convenção.
Eu me isolei ali, no topo da torre, com a escuridão da noite e a luz pálida da lua como minhas únicas testemunhas. Meus guardas sabiam que eu não deveria ser perturbado. Eu precisava de tempo. Tempo para processar o impensável. Meu corpo, meu Lycan interior, clamava por ela, por sua presença, por sua proximidade. Mas minha mente, forjada por séculos de disciplina e dever, lutava contra a verdade. Ela era Ana. A filha de Helena. Minha enteada.
A impropriedade da situação era gritante. Eu, o Rei Lycan, ligado à minha entea