Capítulo 23.
Rebeca assentiu em silêncio, acompanhando-o até o prédio mais próximo, um pequeno hotel rústico à beira-mar, com varandas de madeira e cortinas brancas esvoaçando com o vento.
O recepcionista os atendeu prontamente, reconhecendo-os de imediato.
— Senhor Arthur, senhorita Rebeca. É um prazer recebê-los. Temos uma suíte disponível no segundo andar. Desejam usá-la por algumas horas?
— Apenas para troca de roupas. Não precisa de muito. — Arthur respondeu, enquanto entregava o cartão.
Subiram as escadas em silêncio. O quarto era simples, mas confortável. Havia uma cama de casal, uma varanda com vista para o mar e uma cortina translúcida que balançava suavemente com a brisa salgada.
Rebeca entrou e soltou um suspiro, tirando os sapatos com certo alívio.
— Parece que o universo está conspirando pra me despir por completo hoje. — ela murmurou.
— Quer que eu espere do lado de fora? — Arthur ofereceu.
— Não. Fica. — ela respondeu, sem olhar para ele. — Hoje já usei todas as minhas máscaras. Só