GENEBRA – MEMORIAL DE RAVENA – 06h44
O vento frio soprava sobre a pedra negra recém-erguida no alto do mirante. Uma única inscrição, sem sobrenome, sem data de nascimento:
RAVENA – MORREU COMO ESCUDO. VIVE COMO FOICE.
Domenico ficou ali por longos minutos. Sem palavras. Sem lágrimas.
Leonardo surgiu em silêncio.
— Os sobreviventes da base de Roma disseram que o impulso dela atrasou a dispersão da última rede neural de SIRIAH em nove segundos.
— Nove segundos — repetiu Domenico. — E foram os segundos que salvaram o garoto.
— Ela sabia.
— Sempre soube.
Ambos ficaram olhando o horizonte, onde os últimos drones de vigilância sobrevoavam os bairros periféricos. A cidade estava em paz… mas ninguém respirava fundo.
Leonardo tocou o ombro do irmão.
— A nova era vai ter o nome dela gravado. Em tudo.
Domenico assentiu. Mas dentro, sentia o oposto: que o nome dela agora era a ausência.
—
CENTRO DE ANÁLISE E.L.A.H. – 08h17
Mikhail projetava os últimos arquivos rastreados de SIRIAH. A rede havia s