O "nem sob o meu cadáver" de Duncan não era uma figura de linguagem. Era um limite. Um ponto inegociável que havia se solidificado entre eles. Ele mantinha o rosto voltado para o chão, as mãos cerradas ao lado do corpo, enquanto o peso da frase ainda pairava sobre todos como uma proibição escrita em pedra. Ida olhava para ele, incrédula, como quem acabara de ouvir um absurdo dito em plena razão. Melody, a poucos passos, compreendia que havia algo mais naquela recusa. Não era apenas medo. Era pessoal. E grave.
Duncan recuou com o cavalo, fazendo o animal dar alguns passos para trás com um leve puxão nas rédeas. Manteve-se montado, os punhos cerrados sob o couro tenso, como se contivesse uma tempestade. A tensão em seus ombros era visível, como se o simples ato de respirar o forçasse a atravessar um campo minado. Segurava-se firme como se a sela fosse o único ponto estável em um mundo que ameaçava ruir ao seu redor. Afastou-se alguns metros, como se precisasse de distância para conter o