A manhã nasceu preguiçosa, com céu limpo e vento manso. O tipo de dia que não tem pressa, que não exige nada, que parece ter sido feito sob medida pra começar de novo.
Duncan foi o primeiro a acordar. Como sempre. Como se o corpo dele funcionasse por relógio próprio — um relógio que não tocava sinos nem precisava de luz pra entender a hora certa de levantar. Tomou café sem alarde, ajeitou a sela como quem penteia o próprio cabelo, e mandou que preparassem o carroção para a partida.
Melody ainda estava vestindo a blusa quando ele bateu de leve na porta.
— Vamos sair logo. É melhor andar enquanto o dia tá fresco.
Ela respondeu com um “sim” abafado, mas o coração já batia num ritmo ansioso.
Diferente da vinda, agora não havia pressa. Não havia gado berrando, poeira demais, tensão demais. O comboio era menor, os cavalos mais leves, e o destino... o destino agora era casa. E mais do que isso: era um lugar onde ela era esperada. Onde ela tinha nome.
Melody subiu no carroção com a ajuda de B