Hannah é uma universitária que se vê dividida entre duas paixões da infância. Mas o livro trás muitos outros personagens ricos em histórias dramáticas, divertidas e até polêmicas. Lilith a melhor amiga é dona de uma cafeteria e atriz, ela está machucada dos envolvimentos antigos e prefere ficar longe de novos romances, só que não contava com o destino. Sara tem um romance tóxico e violento, onde Hannah tenta ajudá-la. Rodolfo ou você ama ou odeia, mas não julgue sem antes conhecer sua história. Tabita é uma doce menina, mãe solteira e batalhadora. Tem que "mata um leão por dia" e ainda conviver com a mãe que não é nada fácil. Além do maus você vai entra no mundo do tráfico através de Juscelino e companhia. Existe grandes vilões nesta história que você só vai conseguir desmascarar depois, e por eles serem muito interessantes , eu criei capítulos extras só pra eles. Os capítulos que tem gatilho eu aviso no título. Agora os dois que disputam o coração de Hannah são Apolo, um chefe de segurança, encorpado e bonitão. Ele é do tipo "galinha", mas deixaria de ser facilmente se Hannah ficasse com ele. Já Nicolas é um administrador de empresas bem sucedido, lindo e dedicado a família. Ação, mistério, drama, crime , tudo o que você procura em uma boa leitura.
Ler maisNa primeira vez que me apaixonei, eu tinha nove anos e estava na terceira série.
— Me dá essa maçã, garotinha. – Nico estava na quarta série e costumava pegar lanches dos mais novos.
— Deixa ela em paz, Nico. – Apolo estava na mesma sala que Nico, sendo seu opositor.
— De novo se metendo onde não deve, seu “medingo” arruaceiro. – Nico empurrou-o no ombro; ele era um pouco mais alto e gordo.
— De novo, Nico, se diz mendigo… – e ele devolveu o empurrão.
— BRIGA NO REFEITÓRIO!!! – Alguém gritou, e todos formaram um círculo.
Os meninos rolavam no chão, socando-se e esperneando como podiam.
Minha mente congelou minutos atrás, quando Apolo chegou e disse a primeira frase referindo-se a mim. Daquele momento até a chegada da supervisora, foram músicas românticas e nós passeando de mãos dadas pelos jardins da escola.
— Hannah!!! Hannah… – Uma voz lá no fundo me acordou do transe.
— Oi!!
— Vamos à diretoria – a supervisora estava visivelmente nervosa.
— Mas… mas… eu não fiz nada – minha garganta deu um nó, e meus olhos já estavam lacrimejando.
E lá estava eu na diretoria, sentada ao lado dos dois, que seriam os maiores e verdadeiros amores da minha vida.
Dez anos depois:
— Hein, motorista, era aquele ponto, não ouviu o sinal? – Estava atrasada para minha segunda entrevista do dia, e a primeira foi um desastre. Vou contar para vocês: Cheguei às 7:35 da manhã, a entrevista era às 8:00, mas eu queria me preparar, estava muito ansiosa.
— Bom dia, tenho uma entrevista às oito com… – O segurança da empresa nem me deixou terminar; dali mesmo, com a porta fechada, através do vidro,
Os meninos rolavam no chão, socando-se e esperneando como podiam.
Minha mente congelou minutos atrás, quando Apolo chegou e proferiu as primeiras palavras referindo-se a mim. Daquele momento até a chegada da supervisora, foram músicas românticas e nós passeando de mãos dadas pelos jardins da escola.
— Hannah!!! Hannah… – Uma voz lá no fundo me acordou do transe.
— Oi!!
— Vamos à diretoria – a supervisora estava visivelmente nervosa.
— Mas… mas… eu não fiz nada – minha garganta deu um nó, e meus olhos já estavam lacrimejando.
E lá estava eu na diretoria, sentada ao lado dos dois, que se tornariam os maiores e verdadeiros amores da minha vida.
— Sim, infelizmente, todos nós – ele fez uma cara de insatisfação. — Agora eles fazem isso, como se não tivéssemos outras entrevistas, temos que escolher a qual vir.
— Tem razão, porque se eu demorar aqui, não poderei ir na próxima às 10:00 da manhã. – Coloquei meus dedos entre minha franja e deslizei para trás, fechando meus olhos e bufando.
— Certamente não dará tempo mesmo, veja que cada um de nós levará meia hora de entrevista, se ele chegar no horário… – ele torceu a boca. — Qual a melhor vaga para você?
— As duas são muito promissoras – olhei para a fila novamente. Nesse momento, chegaram mais duas pessoas. — Bom dia.
Rodolfo instintivamente olhou para frente, como se quisesse se esconder.
— Seu canalha, então não conseguiu a vaga de ontem? – Uma moça muito nervosa tirava satisfação com ele. — Pois bem feito pra você, perdi a entrevista por sua causa, e minha amiga também.
— Saíram da fila porque quiseram; no mundo dos negócios, é cada um por si. – Rodolfo se defendeu.
— Ele estava querendo me convencer a sair também – comentei com ela, abismada. — Se bem que se ficarem os cinco, não daria tempo mesmo.
— Eles não estão na entrevista. São funcionários da empresa, aguardando abrir. Cada um tem um horário, qual é o seu? – Ela me explicou e perguntou.
Então, tudo foi resolvido; o meu era o primeiro às oito e o do canalha às 9:00 da manhã, o da moça que foi com a amiga, às 8:30. Ele ia mais cedo para dar o golpe.
— Pode se sentar, Sta. Hannah Furtado. – Quem me entrevistava era a secretária do empresário para quem eu queria a vaga. — Meu nome é Antonella, sou a primeira secretária do Sr. Nicolas, e a vaga é para a segunda secretária. Posso lhe fazer algumas perguntas?
— Claro, pode sim. – Abri meu melhor sorriso. Minha tia me dizia que sorrisos abrem portas, e que eu tinha uma bela arcada dentária.
— Você está cursando Artes Visuais, está em qual período e por que escolheu este curso? – Ela era muito bonita mesmo, e seu perfume tinha cheiro de dinheiro bem gasto.
Vou pular a parte chata; vocês vão saber ao longo da história porque eu não resisto e acabo contando mesmo. O problema é que estava indo bem, até…
— Srta. Antonella, pode por favor… – ele entrou no final da minha entrevista, eu estava levantando e me despedindo, andando de costas, claro, como uma desastrada faria.
— Ai meu Deus, me desculpe… – foi café para todo lado, e muito, muito quente. — Deixe eu ajudar o senhor, por favor.
— Não precisa, por favor, não faça isso… – ele se esgueirava de mim e se afastava, e eu ia pra cima do homem tentando passar a mão nele, ai que horror. Até ele sair correndo de mim, claro.
Olhei para trás e lá estava Antonella.
— Muito obrigada pela sua vinda aqui, nós entraremos em contato.
— Quem era ele? – Perguntei com os ombros grudados na cabeça e o olhar de cachorro molhado, torcendo pra ser alguém muito legal que adora levar banhos de café.
— Ele é o Sr. Nicolas Nicolai III, o dono da empresa, para quem vou encaminhar sua entrevista – não sei por que Antonella colocou um tom marcante na palavra "encaminhar", na verdade, eu sei sim.
Enfim, saí de lá e fui para o ponto de ônibus, onde começou uma chuva torrencial. Mas eu estava no horário certo para chegar na outra entrevista.
O ônibus estava um pouco atrasado, como sempre; parou bem à frente do ponto. Corri para chegar à porta e, adivinhem quem me empurrou para entrar primeiro? Acertou quem disse: Rodolfo, mais conhecido como o canalha da fila.
— Não tem educação? – Como se ele fosse admitir.
— Tenho, mas prefiro não desperdiçar com você – ele soltou uma risadinha malévola quando passava pela catraca.
O ônibus não estava tão cheio, pelo menos isso; avistei um assento no fundo, e quando passei pelo "canalha sem escrúpulos", mirei meu olhar mais devastador e violento possível, espero ter passado péssimas vibrações.
E estava ali, molhada, desanimada, insultada, mas ainda assim tinha uma boa sensação sobre aquela entrevista… ahhhh não!
— Então, você vai conseguir chegar a tempo? – Rodolfo sentou do meu lado, encostando sua perna na minha; isso me incomodou bastante. Ele era um sujeito muito desagradável.
— Espero que não, ainda tenho tempo – virei para olhar a rua, mas a janela estava embaçada pela diferença de temperatura. E foi aí que ele se inclinou por cima de mim para passar a mão no vidro. — Sai de cima de mim.
— Estou tentando melhorar sua visão, se bem que pra isso era só olhar pro meu lado – ele soltou uma risadinha cafajeste.
— Você é convencido – eu balancei minha cabeça em negativo. Que cara babaca. — Escuta aqui…
— Aquela vaga está no papo, gata, ainda mais depois que você deu um banho de café no “homem” – aí sim, a risada dele era debochada.
— Vai te lascar, Rodolfo! – Levantei e fiquei em pé perto da porta, bem no meio do ônibus.
PAOLA, HANNAH E EUMe tornando esposa dela, ela era minha tutora e dona. E então começou meu inferno novamente. No começo ela só me deixava trancada, nada de celular ou algo que tivesse internet. Não sabia do meu contato com Afonso. Apenas que eu tinha um contador, e ela o conheceu quando foi levar a procuração que eu assinei, passando direitos dela mexer nas minhas contas. Demorou um ano para ela me deixar dormir na cama dela. Foi um ano provando a minha devoção e adoração por ela. Meses para fazer uma massagem. Mais meses para sentar ao seu lado no sofá e assistirmos filmes juntas. E enfim, estava na sua cama. Sempre que eu podia, ficava só de lingerie, e ela mandava me vestir. Até que ela não se importava mais. Na nossa primeira noite ela pediu para eu deitar nua na cama e amarrou minhas mãos. Beijou meu pescoço, mas não a minha boca. Deslizou a língua pelos meus seios e brincou com os bicos, chupando delicadamente um de cada vez. As vezes ela vinha com a sua boca pertinho da
PAOLA, CLARA E SARADepois que trocamos nossos telefones, Paola e eu sempre nos falávamos secretamente. Sara diz: “Mas quando você pretende contar para ela?”Paola diz: “Em breve, estou procurando casa para morar. Estamos juntas a um tampo e temos que separar as contas e as coisas. Não posso deixá-la desprevenida.”Sara diz: “Entendo, mas não podemos nos encontrar, só uma vez?”Paola diz: “Acho melhor não, já sinto que falar com você é uma traição, se te encontrar, sei que vai rolar alguma coisa.”Sara diz: “Eu entendo. Posso ao menos saber para onde posso enviar um presente?”Paola diz: “Eu faço bico duas vezes por semana nessa academia, à noite. Pode enviar para lá.”Eu vi o endereço e mandei uma cesta com doces fitness e saudáveis, com um panda de pelúcia. Ela me falou que tinha um sonho de conhecer um panda de verdade. Depois que ela me passou o endereço e os dias que estava lá, comecei a frequentar a academia. Era em uma universidade. Paola no primeiro dia, fingiu estar me ens
SARA E AFONSOEu conheci Paola em um encontro de motos, em uma cidadezinha do interior. Fui com um amigo meu, o Afonso, que tinha acabado de sair do instituto. Ele prometeu que assim que saísse nós íamos a um desses passeios. Como eu conheci Afonso, é muito simples. Investigadores achavam que eu tinha alguma coisa a ver com a morte do meu pai, que está bem no inferno. Só porque o bendito freio do carro dele, resolveu parar de funcionar. E com isso eu herdei a grana da família, finalmente. Depois que minha mãe morreu, a vida deveria ter ficado muito melhor para mim. Nos meus planos, eu ia convencer meu pai a contratar a Rose novamente e ser uma garota mais livre. Sem a Stephanie na escola, tudo ia ficar numa boa. Pois bem, meu querido pai, convencido que eu tinha algo a ver com o incêndio no evento, porque eu havia falado ver as duas que morreram lá fora. Me colocou em um colégio muito pior, um internato para garotas em outro pais bem longe dele. Tinha regras para tudo, e como os pa
A HISTÓRIA DE SARA— Sara!! Sara!! Onde você está?— Bum!!— A sua danadinha, estava escondida aí atrás, que espertinha. Vem que seu pai chegou e sua mãe quer que todos jantem na mesa. A família de Sara morava em um país ainda muito conservador e a pequena cidade ainda mais. Sara era uma criança muito educada, esperta e gentil. Morava em um local privilegiado, em um dos bairros mais cobiçados da cidade. Sua educação era rígida, em um colégio de freiras. E sua mãe fazia questão que ela sempre aprendesse as tradições da família, quando a religião e a etiqueta de uma mulher na sociedade. Sara tinha a mãe como a imagem de uma rainha, daquelas de conto de fadas, sempre muito bem arrumada e com os gestos e falas apropriados para todos os momentos. Não sentia falta de afeto, pois nunca houve nada parecido da parte dela, então achava que isso era o normal de qualquer mãe. Com oito anos de idade ela já tinha aula de culinária, bordado e como servir a mesa. A pessoa que ela mais gostava na
Depois que eu fiz a biopsia eu só pensava no resultado. A semana parecia se arrastar. Simão ia lá em casa dia sim, dia não. Ficávamos no portão conversando horas depois que ele jogava uma partida com o Rafael. Sempre chegava com sono no trabalho, D. Graça já estava me chamando a atenção. No final de semana ele falou para nós três irmos no zoológico, e foi maravilhoso. Rafa adorou cada animal que ele via, a conexão dele com o Simão crescia muito rápido e isso me assustava às vezes. E se não desse certo? No domingo à noite levei o Rafael no culto, minha mãe foi contra, disse que ele tinha que ser católico. Enfim, eu ia levar e depois ele escolhia. Quanto mais conhecia Simão, mais me apaixonava por ele e o medo de ele me conhecer e desapaixonar crescia. — Você é muito boba. Porque pensa essas coisas? — Sei lá, você parece ser tão perfeito e eu…— O quê? Humana e maravilhosa. Sabia que eu sou cheio de receios quanto a mim mesmo? — Você é o cara mais seguro de si que conheço. — Deus
Lilith diz: Xodó, depois do horror que eu passei nas mãos daquela psicopata da Sara e do tarado do Christian, eu merecia uma boa de umas férias. Então peguei parte das minhas economias e convidei Diego para ir viajar comigo. Adivinha onde eu estou? Hannah diz: “Claro que é nas Maldivas, você nunca parou de falar que ia um dia.”Lilith diz: “Isso mesmo amiga, claro que desejava que você viesse comigo um dia, mas não estou reclamando nenhum pouco da minha companhia.”(emoticons de corações)Hannah diz: “Aproveita, você merece muito, manda beijo pro Diego.”Hannah diz: “Me manda fotos, quero morrer de inveja.”Lilith diz: (emoticons de beijos) (batidas na porta)— Já estou indo. Quando abri, Nicolas estava incrível com uma camisa branca branca , alguns botões abertos e uma bermuda cargo bege. Porque será que estou reparando nessas coisas aqui, longe de casa? — Uau, você está linda. Vamos nos divertir? — É o lema da noite. Eu tinha pesquisado e vi que perto do hotel tinha um evento c
Último capítulo