Eu não ia descansar enquanto não encontrasse o desgraçado do Ricardo. Ele se juntou à polícia para me foder. E pior, contou com a ajuda da viciada da mãe da Isabela. Aquela mulher nunca me desceu. Sempre soube que ela ia arrastar problema para cima de mim. Mas me entregar para porra dos gambé? Isso não ia passar batido.
Minha sede de sangue era mais forte que o cansaço. Mais forte que a dor. Quando o carro parou no alto do Morro do Inferninho, o tempo fechou de vez. Era reduto do TCP agora. Facção rival. Lugar de traidor. E hoje, eu ia transformar aquilo num inferno de verdade.
— VAI, VAI, VAI! — gritei assim que saltamos armados. Os meninos invadiram na sequência. Nego Rato, Pardal, Sabotagem… tudo sedento. Não tinha criança, não tinha mulher na mira. A ordem era clara: não matar inocente. Mas quem estivesse com fuzil na mão ou vestindo radinho da facção inimiga, caía.
A primeira rajada cantou seco na subida da viela. Um dos soldados do TCP tentou segurar a entrada, mas foi atingi