Assim que Lucas me tocou, eu soube que estava fodida. Não era desejo. Não era medo. Era a certeza crua de que eu estava prestes a ser despedaçada e moldada por ele. Ele não pediu permissão. Só me agarrou como se eu já fosse dele, porque, no fundo, eu era.
Seu olhar me atravessava como uma lâmina. Seus dedos cravaram na minha cintura com força, me puxando com brutalidade, como se estivesse recolhendo o que era seu por direito. Senti o calor da pele dele queimando contra a minha, seu cheiro másculo me entorpecendo. Eu deveria ter corrido, deveria ter lutado... Mas meu corpo traiu minha cabeça. Cedi. Me ofereci.
— Você é minha. — A voz dele foi um rosnado baixo, sujo de promessas sujas.
Não era um convite. Era uma sentença. Meus joelhos amoleceram, minha respiração falhou, e quando percebi, Lucas já me tinha prensada contra a parede como se fosse a porra da última coisa viva que ele ainda queria possuir no mundo.
O beijo foi selvagem. Sem prelúdio, sem carinho. Só boca contra boca, d