247. ENTRE O AMOR E A DOR
ANASTASIA
Caminho pela margem do riacho e olho para a pequena cachoeira.
Lembranças vívidas de tudo que aconteceu aqui invadem minha mente.
Me pergunto por que sou tão masoquista a ponto de cravar a ponta da adaga em meu próprio coração.
Me levanto, pronta para voltar e ver se consigo dormir um pouco antes do amanhecer, mas uma presença me faz ficar tensa.
Começo a andar apressada, quase fugindo.
O que ele está fazendo aqui nas terras do castelo?
Como não o detectei antes?
Penso seriamente em me transformar na minha loba e fugir, quando braços fortes me prendem por trás e um corpo masculino enorme se cola ao meu, tão apertado que quase me tira o ar.
— Ana, por favor, não foge mais de mim…
Um pedido sussurrado com aquela voz rouca e sexy que conheço muito bem.
— Hakon, me solta. Você sabe que não é bem-vindo aqui. Você não é aliado do reino, você...
— Não sou seu inimigo, Anastasia. Nunca fui. Nunca me interessei em me aliar ao Rei, mas por você... se você me aceitar, eu…
— Está tentan