Omar gostava de estar no controle. Nada escapava aos seus olhos dentro da empresa. Era meticuloso, atento, e sabia exatamente o que queria. Além de um excelente empresário, era também um artista nato. Sua paixão por desenhar nasceu cedo e, com o tempo, virou algo maior: uma obsessão criativa. Especializou-se em joias. Peça por peça, cada detalhe surgia de sua mente inquieta. Suas criações chamavam a atenção pela beleza incomum, pelo traço delicado, pela força silenciosa que pareciam carregar. As pessoas sempre se perguntavam: de onde vinha tanta inspiração?
Ironicamente, vinha de alguém que ele jurou um dia esquecer. Seu avô. Um homem que o amava com intensidade, mas que, aos olhos de Omar, havia cometido erros imperdoáveis. Desde a morte da mãe, vítima de uma doença devastadora, Omar o culpava por tudo. Não pelo que aconteceu, mas por tudo que a fez sofrer antes do fim. Mesmo tendo sido criado com carinho por sua tia, ele nunca se sentiu completo. Queria de volta a família que lhe