Ela é a irmã do seu melhor amigo. Ele é o maior cafajeste de Nova York. Isabella planeja o plano perfeito para se vingar. Isabella Novack se orgulhava de ser uma boa filha e irmã, mas ela guardava alguns segredos e mágoas do passado. De volta a Nova York, ela reencontra seu amor do passado, que lhe magoou. Pensando em se vingar, ela planeja conquistar o homem, só para que depois possa dar o troco. Entretanto, esse jogo pode ser perigoso, e ela pode acabar deixando sua paixão do passado, estragar todo o seu plano. William começa a receber presentes misteriosos, de uma mulher com quem já saiu e o conhece muito bem. Isso gera uma grande obsessão, e ele não vê que começa a gostar dela, sem mesmo sabem quem seja, porém, quando ela se revela, a surpresa o agrada mais do que deveria. A irmã do seu melhor amigo. A mulher que o tira do eixo.
Ler maisDepois de anos estudando em outro continente, aqui estou eu, barata em frente a uma enorme janela de vidro em um dos maiores edifícios desta rua, em Manhattan.
Minha família não faz ideia do porquê escolher cursar minha faculdade em outro continente. Daí a justificativa de que eu queria sair das asas dos meus pais e... Testar novas oportunidades.
O primeiro a odiar esta ideia foi o meu pai, mas como sempre, eu consegui a manipular e moldá-lo ao meu desejo. Acho que peguei isso da minha mãe, ela é ótima dobrando aquela fera. Não era o meu plano fazer tudo isso, mas por causa de um babaca em específico, e os planos mudaram completamente.
William Morson era um dos grandes amigos do meu irmão. Sempre deixou claro a sua personalidade e desejos fúteis. Eu, como uma boba, aos 15 anos, me apaixonei por ele. Acreditei que ao chegar a maior idade, ele já teria amadurecido o suficiente para que tivéssemos alguma coisa juntos. Contudo, essa foi uma das minhas maiores decepções.
Ao completar o ensino médio, mentir para os meus pais dizendo que iria a uma festa com amigas, que não rolaria bebida, que chegaria em casa no tempo certo, mas na verdade o meu trajeto foi bem diferente. Óbvio que quem estava comigo era uma das minhas grandes melhores amigas, entretanto, A festa estava arrepiada por bebidas e outras coisas ilícitas, no qual eu não toquei. Pelo menos não nas coisas ilícitas.
Três copos de cerveja foram suficientes para quebrar todos os meus filtros. Foi uma das piores coisas que eu fiz naquela noite. Porém, eu não diria que foi a pior, já que cometi sucessivos erros naquele dia.
Will estava lá, rodeado por amigos e mulheres. Por obra do destino, o meu irmão sempre foi mais de ficar em casa estudando, mas não William Que adorava festas da faculdade, na qual, em uma delas, eu estava.
Depois de inúmeras cantadas de outros homens, decidir ir para casa. Coincidentemente, Will me ofereceu uma carona no qual eu aceitei. Esse foi mais um erro.
Não deveria saber que, a me apaixonei de um adolescente, estragaria tudo. Eu não deveria ter aceitado aquela carona. Pois foi naquela noite que, simplesmente, me joguei de corpo e alma, e acabei sem nada. Me entreguei a ele, acreditando que depois daquilo, William me veria como uma mulher. Alguém que seria apenas sua, mas eu estava enganada, ele por outro lado, apenas me usou assim como fazia como as outras.
Desiludida, voltei para casa e escondi o quanto eu estava triste. Ele tinha partido meu coração, e a culpa disso era totalmente minha. Escolhi cursar minha faculdade na Europa, meu pai odiou a ideia, ponto por ficar longe da filha, quanto pela necessidade de sempre me vigiar. Mas eu não estava com condições de ficar naquele lugar. Esperava que a Europa mudasse a minha cabeça. E isso realmente aconteceu.
Agora, de volta à Nova York, tudo que eu mais quero é me vingar daquele idiota.
— Posso ser tola por não colocar um fim nesse assunto, e desejar a vingança, mas até que vai ser divertido. — Eu sabia que ele estava ali e aproveitei para, ocasionalmente, ouvir a conversa que ele estava tendo com o meu irmão. — William, você vai ficar na minha mão.
Atrás da porta, tenta ouvir o que eles estão falando, esperando que ninguém apareça, do nada, e me pegue ali.
— Quando você vai crescer? — meu irmão o questiona. Ouço a gargalhada irônica do homem, que já não era nenhuma adolescente, mas suas atitudes, diziam outra coisa.
— Tenho 35 anos, amigo. Não acha isso suficiente?
O velho William. Ele jamais vai perder esse da postura de cafajeste. Porém, eu estou focada em quebrar cada tijolinho que ele tiver.
— Seu pai está desesperado, procurando por alguém que, magicamente, fará você crescer de alguma forma.
— Meu pai adora se meter na minha vida.
— Não faz ideia do quanto é bom ter alguém ao seu lado. — engraçado eu vi meu irmão falando disso. Ele não é nenhum santo. Já fez coisas tão julgáveis, quanto o próprio amigo à sua frente. — se sente em paz.
— Sentiria-me preso. — corrigiu com muita pressa. — Você até pode estar satisfeito, mas eu tenho espírito solto. Não posso me prender a ninguém.
Dou um sorriso marialicioso, embalando um plano para estragar essa sua confiança.
— Até quando o seu espírito vai vagar por aí, William?
Até me impressiono com a maturidade do meu irmão mais velho.
— Quando a mulher ideal aparecer, você vai saber. — levantei e mandei sobrancelhas, interessada no assunto.
— Mulher ideal? — até eu fiquei confusa.
— Lição número um: ela não pode se jogar aos meus pés assim, com tanta facilidade. — Interessante. — gosto de desafios, e se uma mulher, simplesmente, se jogar no meu colo, qual a graça disso?
— Isso não te torna mais maduro. — criticou meu irmão.
— Lição número 2: ela tem que ser misteriosa, uma mulher... Inteligente e sexy. — era bom saber que ele estava me dando tanta informação. Assim eu saberia exatamente como pegá-lo. — Eu não acredito no amor.
— Há, jura? — Harvey foi irônico. — me pergunta o porquê.
— Os homens ficam loucos por uma mulher. — falou com desdém. — Correm atrás delas como um cachorrinho. Isso não é amor, é desespero.
A risada do meu irmão ecoou pela sala.
— Então está me chamando de cachorrinho?
— Deve admitir que você, praticamente implorou, para que aquela mulher se casasse com você.
— Foi ela que me pediu em casamento.
— Não importa eu ainda não acredito no amor.
Claro que não. Uma pessoa tão fria quanto você não faz ideia do que é este sentimento.
— Mas não se preocupe, querido William. Você vai se apaixonar por mim, e quando isso acontecer, vou fazer questão de pisar no seu coração, assim como fez com o meu.
Acreditando que a secretária estava de volta, sair dali sem que ninguém me percebesse. Levaria um tempo para pensar no plano perfeito, mas... Ele não perde por esperar.
Ainda não consigo acreditar que isso realmente está acontecendo comigo. Do nada, eu já estou pronta para o casamento. Claro, é exagero meu. Entretanto, como se podia? Não imaginar que algo assim pudesse acontecer comigo. Sempre que eu pensava no meu futuro, eu focava na carreira. Não na minha vida pessoal.Mas ele sempre esteve lá, no meu peito.E quando voltei para Nova York, voltei com muita raiva e mágoa. Que em um passe de mágica, se transformou neste amor imenso, no qual eu me pego. Tão feliz que até meu rosto dói.Respiro fundo, sentindo o ar quente encher meus pulmões, mas nada dissipa essa leve vertigem de estar prestes a cruzar um limite invisível. O dia mais feliz da minha vida. Eu deveria estar acostumada, certo? Mas, de alguma forma, a felicidade continua a me surpreender. Como se cada dia bom acumulasse mais um fragmento desse sentimento avassalador.E ainda assim, uma parte de mim espera pelo tropeço. Como se a qualquer momento, algo fosse desmoronar, rasgando esse insta
Eu estava nervosa. Na verdade, tensa. Não esperava por isso—não dele. A curiosidade me corroía, mas não importava quantas vezes eu perguntasse. William permanecia em silêncio, os olhos fixos no caminho à frente.Eu conhecia aquela estrada. Sabia exatamente para onde levava. Ou pelo menos achei que sabia. Quando ele fez uma curva inesperada, desviando para um trajeto completamente novo, meu estômago se apertou. Era a primeira vez que eu saía de casa sem ser seguida. E essa liberdade, em vez de me confortar, me deixava inquieta. Como se, a qualquer momento, algo pudesse acontecer. Como se alguém pudesse surgir do nada e virar nosso mundo de cabeça para baixo.Olhei para ele de soslaio, estreitando os olhos, tentando captar qualquer pista. O que ele estava planejando?—William, diz alguma coisa — exigi, minha voz mais cortante do que pretendia.Ele soltou um sorriso divertido, aquele que sempre me fazia revirar os olhos.—Você é bastante curiosa, não é?Suspirei.—Apenas quando estou ner
Demorou muito até que eu estivesse segura para sair de casa, mas eu fui me fortalecendo aos poucos, fortalecendo minha mente por um longo tempo. Fiz terapia, dei pequenos passos, saindo de casa pouco a pouco, até que o medo se dissipasse. Sabia que havia homens ao meu redor, leais e atentos, que jamais permitiriam que algo me acontecesse. Mas, mais do que isso, eu sabia que precisava vencer essa batalha por mim mesma. Ele estava dando muito poder ao medo e aos demônios do passado. E eu? Eu não deixaria que isso me definisse. Foi por isso que, naquela manhã, acordei, tomei café e saí de casa pela primeira vez com a cabeça erguida. Atravessei as ruas com passos firmes, o coração tranquilo. Passei pela porta giratória do prédio, fiz como qualquer outro funcionário—apresentei minha credencial, entrei no elevador e esperei. Já fazia algumas semanas que ninguém me via, e talvez por isso os olhares de surpresa, a breve hesitação no ar quando me reconheceram. Mas eu não hesitei. Quando todos
Vai demorar um pouco para que eu consiga esquecer tudo que aconteceu. Eu fui forte, ou pelo menos tentei ser. Respirei fundo, segurei as lágrimas sempre que pude, mantive a calma. Mas no fim, não havia escapatória. Meu corpo tremia, minha voz falhava, e meu desespero se tornou evidente quando implorei para que me libertassem. Eu sabia que aquelas pessoas nunca me soltariam sem antes pegar o dinheiro. Então, rezei. Rezei para que tudo fosse rápido. Para que minha família conseguisse o que precisavam e que, quando fosse a hora, me largassem em qualquer esquina, me deixando livre para correr.E, de certa forma, aconteceu rápido. Só que os planos mudaram no meio do caminho. E foi aí que tudo deu errado.Os terceiros, aqueles que negociavam a minha soltura, decidiram agir por conta própria, ignorando os líderes que planejaram o meu sequestro. Eu não sei exatamente o que aconteceu nos bastidores, mas o que veio a seguir foi caos. E desespero.Os tiros começaram de repente. O som ecoou como
O hospital estava silencioso, quebrado apenas pelo som distante de passos apressados e murmúrios abafados dos médicos. Isabela estava segura, viva, mas dentro de mim ainda havia um peso impossível de ignorar. A sensação de que tudo aquilo tinha sido arquitetado contra mim, que cada movimento foi calculado para me desestabilizar. Eles sabiam minha fraqueza. Me conheciam bem o suficiente para prever minha reação, para jogar sujo e me forçar a fazer qualquer coisa para salvá-la.Na sala de espera, meus pais conversavam em um canto, a tensão ainda presente nos gestos contidos e nos olhares preocupados. Mas eu não conseguia me concentrar neles. Meu foco estava em outra pessoa. Harvey. Ele era o único ali que sabia de tudo. O único que tinha respostas.Caminhei em sua direção, e ele percebeu minha aproximação antes mesmo de eu dizer uma palavra. Seu olhar escuro se fixou em mim, surpreso, mas não hesitante. Tínhamos conversado antes, tínhamos um laço—mesmo que agora estivesse abalado.— Har
Meu coração estava em agonia. Eu podia suportar qualquer coisa, menos perder William, ainda mais dessa forma. Sim, foi de razão, mas… e se não fosse? E se aquele homem tivesse acertado no peito dele, nas costas? E se ele tivesse morrido bem ali? Eu estaria perdida.Era incrível o quanto uma pessoa pode significar tanto para alguém. Significar o bastante para machucar e ferir. Se qualquer coisa acontecesse com ela…O hospital parecia girar ao meu redor, vozes e passos se confundiam em um ruído distante, abafado. Os médicos falavam comigo, mas eu não conseguia ouvir. Meus olhos estavam presos na porta, esperando, esperando…Por que não vão ajudar ele?Ele está bem?Eu quero ficar com ele.Eu não consegui falar. As palavras ficaram presas na garganta, sufocando-me enquanto o peso do medo esmagava meu peito.Então, em pouco tempo, eles chegaram. Meu pai, minha mãe, meu irmão… e Samanta. Assim que minha mãe me viu, veio até mim e me envolveu em um abraço apertado. Eu retribuí no mesmo inst
Último capítulo