Maria Júlia
Durante a semana inteira, Alec e eu conversamos todos os dias.
E quanto mais eu falava com ele, mais difícil se tornava manter a distância segura que eu achava que ainda conseguia manter. Era como se ele fosse, aos poucos, invadindo todos os espaços em mim — com sua leveza, com seu humor, com aquela forma de olhar pra mim como se eu fosse inteira, mesmo quebrada.
Depois do nosso último encontro, aquele beijo me assombrava em silêncio. Um beijo simples, mas intenso. Um beijo que ficou pairando no ar como uma promessa. Era só fechar os olhos, e eu podia senti-lo de novo: quente, macio, gentil... diferente de tudo que eu já tinha sentido.
E por mais que eu dissesse a mim mesma que não podia me envolver, que não era o momento... eu sorria como uma adolescente toda vez que via o nome dele acender na tela do meu celular.
Alec sempre tinha uma mensagem pronta.
“Bom dia, princesa.”
“Sonhou comigo?”