Duas semanas depois
Victor
Estou saindo da minha sala após uma videoconferência.
— Alô?
— Filho, senti tanto a sua falta.
É evidente o deboche em seu tom de voz.
— Voltou do inferno por quê, porra?
Ele ri de forma escandalosa.
— Para te arrastar para a lama comigo, filho.
— Não me chame assim, você não tem esse direito. Nunca foi um bom pai. Teve um caso com Agatha só para me ver infeliz. Eu te odeio, verme maldito.
— Eu também te odeio, fedelho imbecil.
— Venha me encontrar, quero um acerto de contas.
Sorrio sem um pingo de humor.
— Acha que sou burro? Não vou te encontrar porra nenhuma.
— Ótimo, então vai ser do jeito difícil.
— Hugo? Hugo desgraçado!
Droga! Eu podia ter falado que aceitava e chamado a polícia para ir comigo.
Pensando bem, o crápula é esperto. É claro que ele não estaria lá!
Preciso respirar um pouco de ar puro.
Saio da minha empresa e atravesso a rua, indo comer um doce em um café próximo.
No entanto, alguém me dá um soco e sou forçado a entrar em um carro por dois