As palavras do velho lobo ressoavam em minha mente como um tambor fúnebre, cada sílaba um peso que fazia minha loba uivar, inquieta, enquanto eu atravessava o corredor úmido nos fundos do bar clandestino. O ar era frio, carregado de mofo e um leve odor de ferro, como se o próprio lugar sangrasse segredos. Minha respiração saía em baforadas visíveis, condensando-se na penumbra, e o casaco de couro rangia a cada passo, o tecido áspero roçando minha pele gelada.
Minha loba rugia, um fogo primal queimando no peito, enquanto o laço predestinado com Damian pulsava, uma corrente indesejada que eu ignorava. Lian estava com Magnus, e eu precisava de respostas, não importa o quão sombrias fossem. O corredor terminava em uma porta de metal enferrujada, a pintura descascada revelando ferrugem como cicatrizes. Empurrei-a com força, o rangido ecoando como um grito abafado, e desci uma escada em espiral, os degraus de concreto gastos sob meus pés.
— Onde estão os arquivos do meu pai? — perguntei, a