O aeroporto estava movimentado, como sempre. Pessoas apressadas se despediam, outras se reencontravam com olhos marejados, mas eu estava ali, imóvel por alguns segundos, com os olhos fixos no portão de desembarque internacional. O frio no estômago que eu sentia não vinha do nervosismo de uma viagem longa. Era outra coisa. Algo mais profundo. Mais antigo. Um chamado silencioso que eu vinha ignorando há cinco anos.
— Mãe! Olha aquele avião ali! Ele tem duas asas gigantes!
A voz de Lian me trouxe de volta ao presente. Olhei para o meu filho, agora com cinco anos, os olhos esmeralda brilhando em empolgação enquanto apontava pela vidraça. Cada traço seu era um lembrete de quem era o seu pai. E, ainda assim, tudo nele era meu também. O jeito determinado, a energia vibrante, a cab