O aeroporto estava cheio. Um mar de rostos desconhecidos se moviam de um lado para o outro, carregando malas, sonhos e despedidas. O som abafado dos alto-falantes anunciava partidas e chegadas, mas eu mal conseguia prestar atenção no que era dito ao meu redor. Meus dedos estavam entrelaçados uns nos outros, num reflexo ansioso que eu não conseguia controlar. Meu coração batia forte dentro do meu peito, como se quisesse me lembrar de cada coisa que eu estava deixando para trás.
Henry e Margaret estavam ao meu lado, segurando suas próprias bagagens, prontos para partir comigo. Os olhos bondosos dos meus avós refletiam uma mistura de tristeza e esperança, mas eles não questionaram minha decisão. Eles sempre me amaram sem condições, e estavam provando isso mais uma vez ao me seguirem sem fazer qualquer pergunta.