O cheiro de chá fresco e pão assado se espalhava pela pequena cozinha da casa de Henry e Margaret, criando uma sensação calorosa e familiar. O tempo parecia desacelerar naquele lugar, longe do caos que havia se tornado minha vida.
Eva estava ao meu lado, oferecendo seu apoio silencioso enquanto eu tentava reunir coragem para dizer a verdade, toda a verdade. Meus avós sentaram-se no sofá de couro envelhecido, com olhares suaves, mas atentos, esperando que eu dissesse algo, explicando o motivo da minha visita tão repentina.
— Minha menina, o que houve? — Margaret perguntou, segurando minha mão entre as dela. Seus dedos, marcados pelos anos de trabalho duro, eram quentes e reconfortantes, mas sua expressão preocupada não passava despercebida.
Henry, sentado ao seu lado, observava em silêncio, como sempre fazia quando tentava entender antes de julgar.
Engoli em seco. Durante anos, eles haviam sido meu refúgio, as únicas pessoas que realmente me ofereceram amor sem e