A casa de Rangel estava silenciosa quando entraram, ele abriu a porta com a chave ainda nos dedos, e o ambiente se encheu, de repente, de vida. As bolsas foram deixadas perto do sofá, o carrinho de Dante posicionado entre a sala e o corredor, e a televisão ligada imediatamente, deixava tudo mais acolhedor.
— Tá tudo do jeito que você deixou da última vez. — ele disse, indo sentar no sofá.— Só que com mais saudade espalhada pelos cantos. Sabe?Ela sorriu, tirando o moletom. Dante soltou um resmungo sonolento, procurando a chupeta, mas logo aquietou.Sem muito esforço ou dúvidas, pediram comida japonesa do restaurante que Rangel costumava pedir antigamente. Veio uma bandeja generosa de sushi, temakis, guiozas e rolinhos primavera.A casa ficou com aquele cheiro de gengibre suave e shoyu, e eles sentaram na sala com os potinhos e hashis, dividindo tudo, Rangel estava comendo com um pouco de pressa, faminto, pensando em tocar no assunto,