Os dias que seguiram foram um silêncio prolongado, do tipo que parecia ecoar mesmo dentro do peito.

Tayanara voltou para sua casa, retomando uma rotina que parecia mais solitária do que livre, ela não parava de pensar, que tinha sido usada. Dormia mal, estava sempre com o celular no modo silencioso, mas ansiando por uma ligação de Rangel.

Passava parte do tempo em meio a vídeos de culinárias e receitas, limpava a casa para se distrair... mas quase sempre com os pensamentos perdidos.

Rangel sentiu a casa ficar grande demais. Os dias pareciam longos sem o som do choro de Dante e sem o vai e vem leve de Tayanara pelos cômodos. Ele continuava fazendo fisioterapia, seguindo sua agenda regrada, mas sem brilho. Às vezes abria a gaveta onde ela guardava algumas coisas, um elástico de cabelo, uma blusa esquecida, presentes que ele deu e ela abandonou, e ficava ali parado, só olhando, pensando se realmente estava errado.

Ele relutou em postar qualquer co