Ela não respondeu de imediato. Apenas ficou quieta, até soltar um suspiro pesado e virar lentamente, os olhos marejados, não de raiva, mas de decepção.
— Fala logo, Rangel. Tô ouvindo.Ele se aproximou um pouco.— Eu só queria te fazer feliz hoje. Te mostrar… o quanto tô tentando, o quanto tô voltando por você, sabe?Ela o olhou com firmeza, sem levantar a voz, mas com palavras afiadas pela mágoa.— E aí pra isso... você faz um pedido de namoro, no meio do restaurante, fotografa, posta sem nem me perguntar se eu queria aquilo exposto?— Você sabe o que tão falando de mim? Tão me procurando, me julgando. Até minha aparência virou debate. Eu tô cansada de ser a figurante da sua imagem, sua vida.— Não é isso, Tay! — ele rebateu, quase nervoso.— Eu não pensei nas pessoas, eu pensei em você. Achei que ia te fazer bem, mostrar que agora é sério, que quero gritar pro mundo o que a gente tá construindo de novo.