Tayanara apareceu enfim na porta do banheiro, já de banho tomado, com os cabelos úmidos caindo sobre os ombros e uma toalha listrada envolta no corpo. Na mão, uma taça de vinho tinto que refletia a luz forte do ambiente. Na outra, a babá eletrônica, que repousou com cuidado sobre a bancada da pia.
Ela hesitou por um segundo ao ver Rangel já acomodado na banheira, entre espuma e vapor, com um sorriso de surpresa e expectativa nos olhos.— Demorei? — perguntou, com um tom mais baixo, quase envergonhado.Rangel apenas sorriu, balançando levemente a cabeça, os olhos fixos nela, não com desejo, mas com admiração silenciosa, por ela ter topado.Tayanara se aproximou em silêncio, apoiou a taça ao lado e, com um gesto cuidadoso, soltou a toalha sobre a cadeira próxima. Seu corpo nu deslizou com delicadeza para dentro da água quente, acomodando-se junto a ele, sem pressa, como quem encontra abrigo.Naquele instante, entre o vapor morno e os coraçõ