Rangel soltou uma risada curta, quase debochada, inclinando levemente a cabeça enquanto olhava para Lipe.
— Tá tentando me provocar, é isso? Vai precisar de mais do que isso pra me tirar do sério. — Porque te incomoda tanto, cara? A Tay e eu? Lipe, sem se abalar, manteve o tom direto, quase como se tivesse guardado aquelas palavras fazia tempo. — Sei muito bem que se fosse ela no seu lugar, doente, frágil… você não teria ficado. Teria arrumado uma desculpa qualquer pra sumir. O sorriso de Rangel se desfez aos poucos, dando lugar a um olhar mais sério, mas ainda contido. — Cara aceita, a Tay tá comigo. Chega! — Tá ficando feio já. Lipe deu um passo adiante, com a voz baixa, mas firme como uma acusação. — Vê se vira homem, Rangel. Para de brincar com os sentimentos dela. Fez u