Agora, podemos realmente aproveitar nosso domingo...
Olhei para ele, surpresa pela honestidade repentina. Carlos raramente mostrava suas emoções assim, tão abertas.
– Talvez você precise reencontrar seu eixo antes de tentar me ter na sua vida – retruquei, mas sem a intenção de ferir. Apenas uma verdade crua.
Ele me encarou, e naquele momento, parecia que a distância entre nós era muito maior do que alguns metros de areia.
– Talvez você esteja certa – disse ele, com um sorriso cansado. – Mas não vou desistir de tentar.
Sem esperar uma resposta, ele se levantou, me ofereceu a mão para ajudar a erguer-me, e juntos caminhamos de volta até onde minha moto estava estacionada.
Não sabia o que pensar. Não sabia o que sentir. Mas uma coisa era certa: o dia de descanso não tinha sido exatamente tranquilo.
Carlos parou diante da minha moto, os olhos fixos nos meus com uma intensidade quase desconcertante.
– Cristina, você precisa decidir – disse ele, a voz firme, mas com uma leveza incomum. – Eu não vou ficar nessa incerteza para sempre. Você quer