APRIL
E eu achando que nossa relação estava super bem, que todo esse caos com os espíritos e as forças externas era apenas um erro… Mas agora, toma essa bomba na sua cara, April Perséfone. Vejo Tudo desmoronando.
— Mamãe, hoje vamos ficar na casa da vovó? - Sofia, sempre atenta, interrompe meus pensamentos.
— Sim, meu amor. -Tentei manter a calma, apesar da tempestade que se formava dentro de mim.
—E o papai? -Giovanna perguntou com a inocência de uma criança.
— Hoje ele vai trabalhar até tarde, filha.-Eu a pego no colo, levando as duas para dentro de casa. —Só nós três, na casa da vovó. O que acham?
—Vai ter sorvete? -Sofia, esperta como sempre, não perde a oportunidade de garantir sua diversão.
—Claro que sim, sua espertinha.
— Ebaaaah! - As meninas vibram, mas eu mal consigo disfarçar o turbilhão em minha mente.
Horas depois, minha família chega. As meninas já estão dormindo no quarto. O ambiente está pesado, o som do meu coração batendo cada vez mais forte dentro de mim.