APRIL
No dia seguinte, enquanto Gabriel ia à reunião com o advogado, cumpri minha promessa a Nella e a acompanhei ao chá de arrecadação para o orfanato Santa Maria. Ele garantiu que me manteria informada por mensagens.
Assim que chegamos, fomos cercadas por um grupo de mulheres esnobes e bajuladoras. Filhas do renomado cirurgião Pietro Castro, nós éramos alvos constantes de cochichos e olhares avaliativos. Nella, a nova estrela da moda na América, e eu, a prodígio da medicina que supostamente sabia mais que os professores de Harvard. Eu odiava essas fofocas idiotas.
— Sejam bem-vindas ao chá beneficente! — uma mulher ruiva, claramente remodelada por cirurgias, nos recebeu com um sorriso ensaiado. — Sou Miranda Benson.
— Muito prazer, senhora Benson. Eu sou Antonella, e esta é minha irmã, April. — Nella, sempre educada.
Apenas assenti.
— Sabemos quem vocês são! Parabéns pela sua coleção, Antonella. Ouvi dizer que abrirá uma loja em Boston.
— Depois do último final de semana, manter a l