Ângela
— Nunca! — ele responde e nos beijamos.
Um beijo intenso e demorado.
Após alguns minutos, pego sua mão e o faço entrar.
— E então? Foi muito difícil fazer com que meus filhos te liberassem para largar o bando?
— Um pouco com o Japah, com o Carioca foi mais tranquilo.
— Eles não poderiam te negar isso. — falo.
— Fiz isso porque amo você!
Sorrio ao ouvir isso.
— E você acha que eles desconfiam pra onde você veio?
— O Japah talvez não, inventei uma história de problemas na família. Mas o Carioca talvez desconfie, acho que tem quase certeza, na verdade.
— Sou adulta e já perdi muito tempo da minha vida! — falo colocando minhas mãos em volta de seu pescoço e ficando na ponta dos pés.
Robertão então me agarra com força, cheira meu pescoço, me pega no colo e me leva até a cama para matarmos a saudade de alguns meses.
Estamos juntos outra vez, vivendo o agora, pois é isso que importa, amar, sentir e viver, sem se importar com o depois, pois o depois