O verde ficou perfeito...
Gustavo
Entrei no escritório do meu pai sem bater, como de costume. Ele ainda estava encerrando uma ligação, voz firme e postura ereta como sempre. Quando desligou, levantou os olhos e me analisou de cima a baixo.
– Meu filho, está muito bonito.
Me sentei em frente à mesa dele, relaxado na cadeira, e soltei um sorriso de canto.
– É de família.
– Está bem empolgado para essa festa do Ricardo, não é?
Cruzei uma perna sobre a outra e encostei o braço no apoio da poltrona.
– Digamos que vai ser interessante desfilar por lá com a Lívia.
Meu pai apoiou o queixo sobre a mão.
– Lá vai estar cheio de modelos da Elysium, do jeito que o Ricardo gosta.
Dei de ombros, indiferente.
– Pouco importa. Mas o Ricardo não vai ficar tão feliz em não ter a presença do seu investidor ilustre e padrinho… Edgar Nolasco.
– Quando você vai deixar de ser tão implicante? O Ricardo é apenas grato.
– Ele é muito puxa-saco, pai. Isso é deprimente. O Ricardo só faz essas festas pra acariciar o ego dos clientes.
– Não