Ele é um idiota...
Gustavo
Desci as escadas um pouco atrás dela, sem perder nenhum detalhe. O vestido abraçou suas curvas e o som delicado dos saltos ecoavam. Meu pai estava na base da escada, elegante como sempre sorrindo satisfeito:
– Você está belíssima, minha querida. Seu tom era paternal.
Ela agradeceu com um sorriso doce. Sorriso esse que ela nunca deu para mim. Quando cheguei ao lado dela, meu pai comentou:
– É assim que deve ser, meu filho. O cavalheirismo nunca sai de moda.
– Ah, pode deixar papai. É o que exatamente vou ser essa noite.
Lívia desviou os olhos dos meus apertando a clutch entre as mãos.
Abri a porta do carro para a Lívia. Ela me olhou desconfiada, como se esperasse que eu fosse dizer algo ácido, mas sorri e contornei o carro assumindo o volante. O trajeto até a festa foi tranquilo. As luzes da cidade iam passando pelos vidros. Eu a espiava de soslaio e ela aparentava nervosa.
Chegamos a um bairro nobre e a visão imponente e moderna da mansão, toda em linhas de vidro e cimento era