Não é capricho...
Gustavo
Eu observava o meu pai em direção a porta da mansão todo elegante e perfumado. Seguiu com sua postura firme e inabalável. O motorista já o aguardava lá fora junto a escolta de seguranças. Ele ainda estava perto da porta quando não resisti e disparei:
– Insolente… Meus olhos estavam presos na Lívia. – Vai me dizer o que tanto conversava com o meu pai?
Ela me lançou o olhar irritado, cruzando os braços.
– Não começa, Gustavo.
Me aproximei das janelas enormes da mansão e fiquei assistindo meu pai se acomodar com calma no carro. Sorri de canto.
– Agora… é só você e eu.
Lívia revirou os olhos.
– Por que você se comporta como um louco? Ontem estava bem gentil… quando carregou minhas sacolas com o vestido novo até o quarto.
– Gentil é uma palavra forte. Eu apenas estava disponível. Diferente de você, tive um dia estressante. Vida de herdeiro de um império não é fácil.
Ela riu, debochada e balançou a cabeça.
– Ah, sim… imagino a dificuldade.
Minha irritação na verdade não tinha nada a