Falsa e calculista...
Jaqueline
A ideia parecia absurda, coisa de novela… mas o vídeo do Gustavo provou que ninguém estava a salvo. E se alguém quisesse mesmo usar aquilo contra mim? Contra o Alexandre?
Meu estômago revirou com a possibilidade. Eu sabia que não deveria me perder nesses devaneios, mas a preocupação era inevitável. “Preciso conversar com Caio e Sabrina” pensei. Eles estavam lá, viram tudo. Talvez tenham notado algo estranho naquele dia, alguém filmando, algum olhar diferente.
Coloquei o bolo pra assar e orientava o Alexandre enquanto ele misturava a calda. No fundo precisava confirmar que a minha paranóia não fazia sentido. Só assim teria paz. Logo o cheirinho doce começou a se espalhar pela cozinha, preenchendo o ambiente de um jeito aconchegante. Eu me sentei no balcão, balançando as pernas, e o Alexandre encarava o forno impaciente.
– Você está parecendo uma criança esperando o presente de Natal. Provoquei.
Alexandre sorriu e me encarou com um ar de indignação fingida.
– Você me prometeu