Jaqueline

Fiquei ainda mais encolhida, sentindo o coração acelerar com cada palavra que saia da boca da Leila.

– Como é possível, né? Dizia ela, com desprezo e inveja misturados. – Uma mulher que ninguém sabe de onde veio, e ainda assim conseguiu conquistar um homem como o Alexandre Ridell. Você precisava ver o projeto do closet dele, e como ele a trata como uma rainha. A cobertura… é um luxo! E ele, meu Deus… um espetáculo de homem gostoso, não esperava menos.

A amiga dela riu baixinho.

– Que sorte a dela, hein? Ter um homem lindo, gostoso daqueles… e rico.

Leila bufou com raiva.

– Sorte? Sorte é pouco! Eu tenho raiva. Pra subir na vida precisei casar com um homem muito mais velho, eu só o tolero.

Ela falava com uma acidez que me feria os ouvidos:

– Casei com aquele velho só pelo dinheiro, você sabe. Ele não me satisfaz em nada, nem metade do que um homem deveria. Tolero porque, afinal, é confortável. Mas ainda assim, ele não tem nem metade do que o Alexandre tem!

A voz da Leila era