Pamela
O caminho até o RH pareceu o mais longo da minha vida. Cada passo pelo corredor parecia ecoar junto com as palavras nojentas que eu tinha lido naquele fórum. Os olhares atravessados que eu recebia das pessoas só aumentavam o peso nos meus ombros. Eu queria gritar, queria arrancar o mal pela raiz, mas tudo que eu conseguia fazer era segurar firme o celular na mão, quase esmagando a tela.
Assim que entrei na sala do setor, três pessoas estavam lá. A gerente de RH, um analista e uma assistente. Todos me olharam ao mesmo tempo, e pela minha expressão, acho que já sabiam que vinha bomba.
— Pamela? — a gerente falou, se levantando. — O que houve?
Sem responder, só estendi o celular pra ela, mostrando a tela.
A mulher pegou, leu, e a expressão dela foi mudando de calma pra indignada em segundos. O analista veio espiar por cima do ombro dela, e a assistente também. Logo os três estavam trocando olhares, chocados.
— Meu Deus… — a gerente murmurou. — Isso é sério.
— Isso é crime de difam