Pamela
Saímos do restaurante de mãos dadas, a noite fresca batendo contra a minha pele, e eu não conseguia evitar aquele sorriso bobo no rosto. Não era só pelo jantar, ou pelo vinho, ou pelo jeito como Clarissa saiu de fininho engolindo o orgulho — era pela sensação de que, finalmente, eu estava no lugar certo. Ao lado do homem certo.
Entramos no carro, e enquanto Caleb dirigia, eu fiquei olhando pela janela, vendo as luzes da cidade passarem como se fossem vagalumes elétricos. Tudo parecia diferente quando eu estava com ele.
— Caleb… — comecei, quebrando o silêncio.
— Hum? — ele respondeu, com aquele tom baixo e calmo que sempre me acalmava.
— O que você tem achado da vida até agora?
Ele riu baixinho, como se minha pergunta fosse engraçada, mas quando virou o rosto para mim, seus olhos estavam sérios.
— Tem sido maravilhosa. — disse sem hesitar. — Eu amo passar tantos momentos com você, Pamela.
Meu peito aqueceu na mesma hora. Senti as bochechas esquentarem e sorri feito adolescente