Pamela
Saímos juntos do escritório, eu e Caleb, como se nada pudesse nos abalar. Eu estava leve, como se tivesse ganhado um troféu invisível naquela guerra fria com Clarissa. Ele caminhava ao meu lado com a postura impecável, a gravata frouxa, o olhar cansado do dia puxado, mas ainda assim imponente. Era estranho, mas estar com ele me fazia sentir que o mundo inteiro precisava abrir espaço quando a gente passava.
O motorista já estava à espera, mas Caleb fez questão de ele tirar a noite de folga. Entramos no carro dele, e quando ele assumiu o volante, não resisti a sorrir. Aquele homem, de terno e comando, agora ao meu lado dirigindo, me dava a sensação de que o poder dele também me pertencia de alguma forma.
— O que você está rindo? — ele perguntou, me lançando um olhar rápido, divertido.
— Nada… — balancei a cabeça. — Só gosto de estar com você desse jeito.
Ele arqueou a sobrancelha, um meio sorriso brotando no canto da boca. — Desse jeito?
— É… só nós dois. Sem secretária, sem reun