Caleb
Eu já tinha tomado meu café, mas a irritação ainda queimava no meu peito como se fosse fogo. Ver a Pamela sair do banho com os olhos marejados, tentando disfarçar a raiva e o medo, só reforçava minha decisão: ninguém ia mexer com a minha esposa.
Eu já tinha ligado para o escritório mais cedo e exigido que me enviassem o contato do meu advogado em Londres. Não aceitei outro nome, não aceitei desculpas. Minutos depois, o celular vibrou com a mensagem da secretária confirmando que Richard Hall, um dos melhores advogados corporativos que também pegava casos pessoais delicados, estaria comigo em menos de uma hora.
Enquanto esperava, fiquei andando pelo quarto como um leão enjaulado. O olhar da Pamela me seguia de vez em quando, mas ela não disse nada. Acho que sabia que, se abrisse a boca naquele momento, eu descarregaria minha fúria nela sem querer. Eu estava no limite.
A campainha tocou. Era cedo demais para serviço de quarto. Eu fui direto abrir.
— Mr. Belmont? — um homem alto, ca