Lucy sabia que Mary estava certa. Nada que fizesse mudaria o peso do nome Sales. Trancada no banheiro, deixou-se deslizar até o chão, as lágrimas caindo até o sono a vencer. O colar de meia-lua pulsava, quente, como se tentasse consolá-la.
Pela manhã, levantou-se exausta e foi até a janela. No jardim, Catherine colhia uma rosa, como fazia todos os dias para Mary. A memória da noite passada — o barulho, o medo de Catherine — voltou com força. Lucy desceu correndo, determinada a arrancar respostas.
— Catherine! — chamou, fazendo um gesto para que ela esperasse.
— Sim, Lucy? Precisa de algo? — perguntou Catherine, segurando a rosa, o rosto desconfiado.
— O que aconteceu ontem? — perguntou Lucy, direta.
— Do que tá falando? — retrucou Catherine, evasiva, como se tivesse jurado não tocar no assunto.
— Não venha com essa — disse Lucy, a voz firme, mas trêmula. — Tô cansada das coisas estranhas nesta cidade. Desde que cheguei, sinto que todos me manipulam. Me diz o que aconteceu.
— Menina, m