— Lucy! — chamou Catherine, abrindo as cortinas.
— O que foi? — resmungou Lucy, sonolenta.
— Seu cartão chegou. Tem que buscar no correio — disse Catherine.
— Posso ir mais tarde — murmurou Lucy, cobrindo o rosto contra o sol.
— Vá de manhã, tem menos gente na cidade — insistiu Catherine.
— E isso importa? — perguntou Lucy, desconfiada.
— Bobagem minha — disse Catherine, com um gesto vago. — Mas já que tá acordada, vá logo.
Lucy amarrou o cabelo, vestiu uma calça branca e uma blusa azul. Olhou-se no espelho, satisfeita, e desceu para a garagem, onde Cornélio a esperava.
— Quer matar os rapazes dessa cidade do coração? — brincou ele, com um sorriso largo.
— Tô exagerada? — perguntou Lucy, rindo.
— Não, é uma Sales — respondeu ele, piscando. — Nunca é demais.
Na cidade, Lucy observou as ruas pitorescas, com uma igreja de relógio imponente, crianças brincando na praça, e lojas pequenas. O aroma de comida vinha de um restaurante, mas o castelo parecia distante, isolado. Por que ninguém ve