Na hora do jantar, enquanto Guilherme comia, Tábata alimentava Lean com papinha de legumes. Satisfazendo a fome da filha, Taby aproveitou que não tinha mais que se concentrar no perigo das mãozinhas agitadas baterem na colher, para falar sobre o ocorrido naquela tarde.
— Paulina se encantou com o imóvel que vimos hoje — disse limpando a boca da filha.
— Sim. Enfim a busca acabou — ele comemorou se erguendo para levar o prato vazio para a pia.
— Ela tem muitas ideias. — Olhando para as costas dele, umedeceu os lábios e contou hesitante: — Paulina me convidou para trabalhar com ela... Na empresa que vai montar... E eu... aceitei...
Guilherme moveu a atenção do prato que lavava, virando-se para olhá-la, a surpresa reluzindo nos olhos dourados.
— Tem certeza de que quer trabalhar agora?
Tábata travou, um nó se formando em sua garganta e o coração se apertando em um instante.
— Acha que não devo?
Ele se aproximou, ajoelhando na frente de Tábata, os dedos úmidos pela água da pia cobrindo a